terça-feira, 5 de abril de 2011

Qual é o Teu Prato Preferido?

Há dias fizeram-me uma pergunta pertinente, à qual eu não soube responder. Qual é o teu prato preferido? Dei por mim hoje a pensar nisto, “coisa” esta que me tem incomodado bastante, é como se faltasse um pedaço da minha essência, porque toda a gente tem que ter um prato preferido. Analisei a minha memória até à exactidão dos pormenores. Pois é, perdeu-se aqui qualquer coisa em mim. Lembro-me de pequena ir com a minha mãe à padaria da D.ª Florinda buscar as carcaças estaladiças que tanto adorava com mortadela. Lembro-me do bolo de arroz ser a cabeça de cartaz das minhas preferências, depois o pastel de feijão, seguido do palmier simples, embrulhados em papel tipo sebenta, que depois era reaproveitado para absorver o óleo dos fritos. O esparguete à bolonhesa e o bacalhau à brás acompanharam-me até à idade adulta, tal como os carapaus fritos com molho de escabeche e as sardinhas assadas acamadas numa bela fatia de pão alentejano e salada de pimentos. Até aqui tudo corria bem. E agora? Qual é o meu prato favorito? Não vos sei responder. Talvez tenha estado demasiado entretida a cozinhar para os outros… Acho que me esqueci de mim. Por amor já aprendi a fazer e a comer pato e favas, mas cheguei a este ponto de não saber responder a uma simples pergunta… Isto está a incomodar-me, e por estes dias vou ter de saber a resposta. Nunca fui de deixar nada por dizer a ninguém, todas as perguntas que me fizeram ao longo da vida foram honestamente respondidas. Por isso, parto hoje em missão, em busca deste pedaço de mim que me está a faltar.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Tarte de Limão

Nunca tive muito jeito para fazer bolos e tartes, possivelmente pelo facto de não ser muito gulosa, mas se há doces que faço na perfeição e nunca me correm mal, este é um deles. Fi-lo para festejar os 58 anos de uma amiga muito especial que “me tomou” como sua grande amiga.

Para 6 pessoas:

- 1,5 pacote de bolachas Maria
- 1 lata de leite condensado
- 3 ovos
- 1 limão
- 130g de manteiga vegetal
- 3 colheres de açúcar

Confecção:

Tritura-se a bolacha na “123”, mistura-se com a manteiga derretida já arrefecida até se fazer uma massa e forra-se a forma. Bate-se as gemas com o leite condensado e o sumo de limão e cobre-se a massa da bolacha, vai ao forno a 200º durante uns 15 minutos. Entretanto bate-se as claras até ficarem em espuma e acrescenta-se o açúcar e continua-se a bater até ficar em merengue. Reduz-se o forno para 180º, espalha-se o merengue e vai ao forno na parte de cima uns minutos até alourar. Enfeita-se com raspas de limão.

Esta tarte dá para 6 ou mais pessoas, depende da gulosice de cada um, mas há sempre a hipótese de acrescentarem mais ovos e bolacha e fazerem numa forma maior.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Arroz de Pato


Bem que  poderia chamar-se Arroz de Pato "À Preguiçosa", mas o que é certo é que a simplicidade das coisas marcam a diferença. Para quê estragar um arroz de pato, quando  por si só o pato já é bom. Não há cebolas, alhos, azeite, refogados e outras complicações.

Para 6/8 pessoas:
- 1 pato com os miúdos
- 350g de arroz agulha extra branqueado (+- 1 almoçadeira)
- 3 "almoçadeiras" caldo do pato
- 1 fatia de bacon com 1,5cm de espessura
- 1 chouriço de carne (usei 1 tradicional da guarda)
- 1 colher de chá de sal

Confecção:
Coze-se o pato numa panela de pressão, quando levantar fervura, baixa-se o lume e coze mais uns 15m. Mesmo que não fique bem cozido à primeira, podemos sempre voltar a po-lo na panela de pressão. Desfia-se e corta-se aos cubinhos os "miúdos" também (fígado, coração e moelas), reserva-se. Num tacho à parte, é só colocar o caldo da cozedura do pato, convém passar num coador, o bacon  e metade do chouriço aos cubinhos, ligar o lume e colocar o arroz e o pato (sempre coze mais um pouco e fica mais macio), quando começar a ferver, baixa-se o lume e mais uns 10m sensivelmente estará cozido.
Depois  numa travessa apropriada coloca-se e efeita-se com o restante chouriço às rodelas e vai ao forno a 180º aproximadamente 20m. Quem gosta do arroz mais estaladiço, deixa-se mais tempo.