sexta-feira, 29 de abril de 2016

Cachaço de porco (cortado à Italiana) no tacho

Eu costumo dizer na brincadeira que já me reformava, mas quem me conhece sabe que isso iria fazer mossa na minha rotina. Eu sou uma pessoa trabalhadora e quanto mais trabalho mais feliz me sinto. Saio do trabalho e quando chego a casa nada me detém. Faço jantar, passo a ferro, recolho a roupa e ponho mais uma máquina a lavar, arrumo as coisas que ficam pelo meio e trato da minha horta doméstica, coisa que me tem dado muito que fazer. Acho que preciso tirar umas férias para tirar um curso de jardinagem porque a minha horta está realmente a deixar-me deprimida. Depois de tantas semanas de dedicação incondicional, além de tudo a crescer verdinho, como brinde tive uma praga de mosquitos. E tenho este odeio de morte de moscas e mosquitos e não tem sido fácil. Estou a viver praticamente numa zona de guerra na minha varanda. Arregaçar as mangas, mudar a terra dos vasos, estudar novas estratégias e um grande ufa que até ver não resta um mosquito. E enquanto me distraí com a "mini horta", distraí-me também que o forno ainda não voltou e acho que sinceramente tenho sentido menos falta, pelos menos nos assados e afins, que bolos, bolachas, pães e peixe assado deixaram grande saudade. Agora cachaço de porco lentamente cozinhado tão ou mais saboroso que no forno, faz-se na panela, palavra de honra! E vá se souberem de algum workshop sobre estas coisas das hortas na zona de Lisboa ou arredores avisem-me.

quarta-feira, 27 de abril de 2016

Almôndegas de borrego com especiarias, molho de iogurte e arroz basmati

Hoje vou falar das minhas almôndegas de borrego que me souberam tão bem e que com dois dedos de conversa ao talhante do supermercado, mais umas graçolas pelo meio, trouxe a perninha desossada e partidinha, pronta para picar no robot de cozinha em casa (sim, neste supermercado não picam carne que saia fora dos padrões porco/vaca e nem desossam que isso fica para os talhos lá do bairro). A minha vida tem demasiadas inquietudes e ter de desossar a perna de borrego em casa era só o que me faltava. Carne de borrego não gera consenso cá por casa, mas eu acho que um dia eles nem vão notar e comer sem a tal campainha apitar. Boa quarta-feira malta!

terça-feira, 26 de abril de 2016

Pizza (só) na frigideira

Eu podia aborrecer-vos com os meus assuntos. Aqueles que me inquietam a alma. Podia falar de tanta coisa, mas reza a história que devemos ser politicamente corretos e não importunar os outros com as nossas inquietações. Até porque não ganharia nada com isso. Antes pelo contrário, afugentaria aqui muita boa gente. A verdade é que andamos sempre todos muito ocupados nas nossas vidas e há coisas que podíamos fazer que marcariam a diferença na vida das nossas pessoas. Na, na, na... Prefiro falar da grande parvoíce  que foi no domingo ter tentado abrir uma garrafa de champanhe sozinha em casa. E? E obviamente não consegui. Era com champanhe que me apetecia acompanhar a pizza que fiz para o meu jantar, enquanto eles foram em passeio de homens. E sim, fiquei mesmo chateada por não ter bebido uma taça de champanhe. Até porque raramente bebo bebidas alcoólicas. Aprecio um bom vinho tinto e adoro champanhe. Tanta força eu fiz e o raio da rolha não saía. Eu tinha o tal chamado Plano B, aquele que devemos ter sempre em todas as ocasiões, especialmente nas ocasiões de emergência. Mas que pensaria o vizinho do 2º esquerdo se eu lhe tocasse à porta com uma garrafa de champanhe... Enfim há coisas na vida que os Planos B´s não funcionam e o melhor que podemos fazer é trocar champanhe por água e à sede não morri. 
Ainda não vos contei que o meu forninho voltou para casa na quinta-feira passada? Pois é, mas tornou a sair 5 minutos depois porque veio mal montado. E como é que um forno muda todo um plano de vida? Na, na, na, na... Prefiro contar-vos que mesmo sem forno é possível fazer uma pizza totalmente na frigideira. É claro que a ideia não foi minha, porque já está tudo inventado, tirando que não a acabei no forno como habitualmente toda a gente faz. Boa semana!

quinta-feira, 21 de abril de 2016

Potinhos de iogurte grego com framboesas

Ontem recebi um telefonema que me pôs a pensar. Fiquei estupefacta ao saber de alguém que conheço mas que não tenho qualquer contacto, morreu assim num ápice. Tinha a minha idade, tinha dois filhos e um deles tem a idade do meu. Era alguém que trabalhava com um familiar meu. Chegámos até a encontrarmo-nos no mesmo hospital as duas grávidas. Morreu. Tinha 43 anos. Deixou dois filhos pequenos. Deixou uma casa vazia. Deixou uma família desfeita. Deixou duas crianças a precisarem de uma mãe e provavelmente um pai desorientado, perdido e sem forças para cuidar delas. Depois disto senti o que sentimos todos, porque afinal somos todos feitos da mesma massa genética. Senti-me ridícula, egoísta, demasiado dramática com problemas que eu própria arranjo. Senti que não podemos perder um minuto da vida com aquilo que não interessa. Andaremos todos a fazer o que é certo? A aproveitar todos os bons momentos da vida e pondo de parte as mesquinhices que não valem a perda de sequer um minuto na vida de cada um? Dá que pensar quando a morte bate à porta. Porque afinal é só aí que tudo acaba. Pensem nisto e mudem a vossa vida se não estão felizes. 
A sobremesa foi a pensar nisto. Foi a pensar no "mais-que-tudo" que adora todos os frutos silvestres e apeteceu-me mima-lo. Não é lá muito calórica e podemos fazer muitas vezes. É perfeita para ele. Ele adorou e comeu dois de seguida.